Neste primeiro artigo do nosso blogue, decidimos dar destaque a um assunto que tem sido inúmeras vezes falado, especialmente nestes últimos meses, mas que nunca é demais abordar.
Referimo-nos aos muitos idosos que acabam por ficar completamente isolados, por terem de se resguardar em casa para evitar o contágio pela COVID-19. No entanto, ficar em casa não significa ficar isolado, sozinho ou deixar de ter os cuidados que normalmente teria.
Caso more longe do seu pai, mãe, avô ou avó, e não possa deslocar-se, devido às restrições impostas pela pandemia, peça a um vizinho de confiança para ajudar.
Fazer as compras de supermercado ou da farmácia são tarefas simples, mas essenciais, nesta altura. Esse vizinho de confiança poderá também ficar com uma cópia da chave da casa do seu familiar, para uma eventualidade.
Outra possibilidade é recorrer a grupos de voluntariado, a serviços de apoio domiciliário, às câmaras municipais ou às juntas de freguesia. Algumas destas entidades providenciam, inclusivamente, refeições quentes e cuidados de higiene, entre outros.
Há idosos com problemas de saúde crónicos e que necessitam de medicação contínua. Nesses casos, a pessoa ou instituição que ficar responsável por prestar auxílio deverá ter o cuidado de fazer um ‘stock’ de fármacos para várias semanas, se possível, verificando o prazo das receitas e antecipando o pedido de novas ao médico. Todos os medicamentos podem ser prescritos pelo médico assistente por telefone ou por e-mail.
Quem vai prestar auxílio, deve seguir à risca as normas de segurança sobejamente conhecidas e que não devem ser descuradas: usar máscara, lavar as mãos, manter uma distância mínima de 2 metros e cumprir a etiqueta respiratória. Os seniores que tenham de sair de casa, por motivos de extrema necessidade, devem proteger-se o mais possível, pois, de acordo com Direção-Geral da Saúde, as pessoas com mais de 65 anos, com doenças crónicas e defesas do organismo debilitadas, são mais propensas a desenvolver problemas graves decorrentes da COVID-19.
O telefone ou o telemóvel são excelentes aliados, nesta fase. Uma conversa telefónica pode ajudar a encurtar distâncias, e a atenuar a angústia e a ansiedade. Por isso, ligue com frequência, preferencialmente diariamente, para o seu familiar ou familiares que se encontram longe. Certifique-se, ainda, de que o seu familiar tem à mão todos os contactos de emergência de que necessita, entre os quais o do vizinho de confiança.
Se seguir estes conselhos, certamente de que o seu pai, a sua mãe, avô ou avó não irá sentir-se sozinho e terá mais ânimo para ultrapassar este desafio.